É
fácil saltares a janela e rumares à galhardia de finais dos anos sessenta. Leva
os discos que trazias quando um dia bateste à minha porta. Esquece a cena em
que atirei a foto que, no comboio, te dei. Quando nos olhámos pela vez
primeira. Esquece. Eu não consigo. Quando prometias tesouros e melodias que
amei. E amo. Era eu menina de colégio e de medo. Esquece. Eu não consigo.
Voltaste da guerra e, de novo, bateste. A porta era outra e eu já longe daquele
abraço furtivo. Já não encontro a tua veia poética. Que à época, era só minha. Diz-me da poesia e
das das noites em que os Beatles nos esfarrapavam a roupa. Tão pouca!
Muda
o ano e a vida arde na fogueira. E um Porto Fino borbulha entre a ousadia e a imaginação.
Tudo pelo melhor
ResponderEliminarBom ano
Tudo muda , tudo se vira conforme a dor ou a alegria.
ResponderEliminarUmFeliz Ano Novo minha querida amiga
Que te traga tudo o que desejas
Terno Abraço
excelente colheita a desse "vinho fino", quer dizer, cálidas memórias a "arder na fogueira" em que te aqueces.
ResponderEliminare os Beatles, claro! no desassossego dos abraços (furtivos)
belíssimas memórias, Teresa Almeida
beijo, minha amiga
os melhores votos de Bom Ano
Um texto daquilo que a lembrança guardou no coração. Muito belo, Teresa.
ResponderEliminarQue tenha um Ano muito Bom.
Beijos.
Teresa Almeida, contextualizadora de paisagens e afectos...
ResponderEliminarUm excelente ano, Teresa!
A paixão nas palavras, acordando
ResponderEliminara memória e se inscrevendo poesia
na beleza vida! ...
Sempre bela poética, amiga! !
Beijinhos.
As tuas memórias acordam as minhas.
ResponderEliminarOs teus despertares são a nostalgia dos meus.
Mas se me falas do teu rio, me chama que eu vou.
Bela a tua prosa poética,Teresa amiga!
Meu abraço!