quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Caminhos de humanidade


Não sei se os passos estão desenhados no firmamento
Involuntários serão e potenciadores de tempestades…
Há raios entre as nuvens, poderosas energias
que derrubam portais de esperança
e estilhaçam lampiões de imaginação.

E o que parecia amor consentido pode virar medo,
espada de Demóstenes na cabeça do mais prevenido.
E o que parecia amigo pode ser perigo, argúcia,
maldade, porque não dizê-lo? Sim, machismo puro,
larvar descriminação. Poema escuridão.

Num virar de página, camuflado de cumplicidade,
circula a ideologia e a poesia eivada de promiscuidade.
Salve-se a grandeza da igualdade. E quando ergueres a espada,
não chafurdes na lama. Dá primazia ao mundo que reclamas.
Ao direito e à amizade. Que teus passos te elevem
e desbravem caminhos de humanidade.

Teresa Almeida Subtil


domingo, 22 de outubro de 2017

Olhos-seara



Olhos-seara quebrados em secura
Mãos de solidão e claridade
Odor do feno. Sensualidade
À solta na colina
Fogoso Verão
Que se prolonga
No sopro

Outono
Nas palavras
Que nos despem


Teresa Almeida Subtil