quarta-feira, 10 de agosto de 2016


O que seria a vida

sem imprevistas tempestades,
caminhos desfeitos,
momentos impossíveis
e arrepiantes mirares?

E sem este amanhecer
que me toca como se eu fosse harpa
e me segreda o elixir de um poema,
o que seria a vida?

L que serie la bida

sien relhuzientes scarabanadas,
caminos sbarrulhados,
sfergantes ampossibles,
yegres mirares?

I sien este amanhecer
que me toca cumo se you fusse harpa
i me zunzuona l citre dun poema,
l que serie la bida?


Teresa Almeida Subtil

(imagem de Leonel Brito)