quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Caminos de l mirandés

Fálan cula proa de quien sabe                

you meto-me ne l meio deilhes
zerta de curjidade

Assoma-se la música nas palabras

que scuito nun siléncio respeitoso
Ando  caminos de blogueiros
para buer este mirandés
bien bibo, adebertido i "altaneiro"

 Gusto de ber la cultura a bulhir                              
sinto i bibo esta lhéngua por drento
ancanta-me   l mirandés  berdadeiro

La música, la dança i las cantigas
Tambien  fazírun cun que nun se perdira
You que le canto i le  beilo hay tanto anho
nun quiero quedar de fuora

Oubrigada amigos
Teresa Almeida 20-08-2011
SARTI - Cerveja Artesanal
                                           Fabricada em Fonte Aldeia - Miranda do Douro
                                                                  A MELHOR CERVEJA

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Mourisca

Olhavam-se  no fundo dos olhos
O terror chamava-se mourisca
uma vitela amarelada e atrevida
com quem a minha amiga de 6 anos
 media forças com a vida

Era de aguilhada em punho
que respondia a perseguições desatinadas
por caminhos e cerrados
a pequenita assustada
 passou a ser mourisca também

Trazia na alma o desejo de voar
caldeado ao colo da mãe
terras de mouros eram o seu sonho
e o desejo fez-se cor e vida
quando se abriram os braços do pai

Hoje a aguilhada é o bico da caneta
que verte a intensidade das emoções
É o pincel que tranforma lágrimas em tons
e  solta a rebeldia,  a força e a doçura
de mourisca do planalto

Teresa Almeida 20-08-2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Puxo lentamente a cortina

Puxo  lentamente a cortina
Receio e curiosidade em igual medida
a janela do meu quarto passou a baloiçar
e o meu corpo lentamente a tremer
às vistas da noite em mar alto

Lá fora tanta água a dançar
pertinho da janela do meu quarto
Não consigo deixar de realizar
com o coração num punho
um filme louco  em mar alto

Amordaço a liberdade do pensamento
mudo o tema, altero a estória e a rima
o mar continua a oferecer-me música
a minha mão apanha o calor do teu corpo
e eu puxo lentamente a cortina


Teresa Almeida 22-08-2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Serei eu?



Serei aquele rio agitado que não acerta caminho
e no abismo se lança
descontrolado?
Serei o lago azul aconchegado no teu peito
feito rochedo seguro e forte?
Serei a ave que julga que o mundo é seu
e abre asas a planar o céu?
Aquele caracol que escolhe caminho, devagarinho
serei eu?

Há instantes de uma grandeza tamanha
que me perdem de mim
Não sei que escala me suspende
O meu espírito é maior do que eu

É o amor que me prende?

Perdida no espaço, sem raízes, de lado nenhum
nem sei de onde sou
nem o que faço aqui

Teresa Almeida, 19-08-2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Apenas a mulher e a sua essência





Vestida de branco estava a lua

archote que a noite enfeitiçava

Os olhos eram gritos de alegria

expectantes e preparados

para enxergar até ser dia




Chegaram vestidas de lua

subindo as escadas da noite

em íntima e sagrada comunhão

As praxes e gargalhadas

eram a animação e a voz da vontade




A música mirandesa rasgou caminhos

inaugurou claustros de amizade




Apenas a mulher e a sua essência

como um mural de granito feito

assim são a coragem, a energia e o amor

colunas que sustentam a vida

a essência da mulher

Teresa Almeida 13.08.2011

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Apanhados

Escreve-se um poema

ao primeiro olhar

Um doce voo de iniciados

em passos de dança

sedutores

Perfumes subtis

de banhos saboreados

em pétalas de poesia febril

De Maio, aromas no ar

As palavras

em cachoeiras de felicidade

A pele

em ânsias de se tocar

Apanhados

ao primeiro olhar

Música a jeito, adorada

os passos em ritmo

ajustados

Em cuba livre

submergidos os sentidos

Partilham-se emoções

em grupos de amigos

Poemas noite dentro

são tocados

em cordas de afeto

afinados



Teresa Almeida 14-02-2011

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Desencanto


Grande é a surpresa
que me deste
maior que a alegria que despertaste

O riso
que caminhava para o dia
deixou de perceber a ausência

Nada como a música e a pintura
para aprender a distância
anular o espanto
e escrever, escrever

O desaire, o desencanto
arrumados na prateleira
definitivamente

que o pó os tape em camadas seculares

segunda-feira, 8 de Agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

MUSICALIDADE


Escrevo com estranha leveza
como quem quer dedilhar
a música das palavras
e soltar emoções desatinadas

Nos passos do dia a dia
flutuo na musicalidade
e apanho leve a melodia

Os sons evoluem em cores

As palavras rodopiam
na roda dos sentidos
arrastam-se pela noite
em acordes de orquestra
arrebatadores

gemem em sons de violino
mágoas de anoitecer
que de mim se escapam

Na música das palavras
pressinto a luz a nascer


Teresa Almeida 06-07-2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Clarão/2011


Negras são as pedras
que adormeceram na noite
do ano que findou
Negras eram as mágoas
que em lágrimas se derramaram
e em espuma desabaram
Forte e audaz o clarão
que a tristeza ofuscou
e novo desejo despertou
O desejo que no peito ardia
na madrugada explodia
Tesouros de afecto
em pedregulhos guardados
E em praias de vida
Desvendados

Teresa Almeida 01-01-2011

LIBERDADE